Mosaico Poético |
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MOSAICO
POÉTICO é
uma idéia que eu tive de juntar “cacos poéticos”que são poesias minhas e de outros autores, fazendo uma interligação
entre elas, de forma que surja um novo poema. Todas as religiões se expressam cada uma com seu jeito mas todas elas levam
ao encontro com Deus.Os artistas da mesma forma, procuram a meu ver, retratar uma sociedade mais justa, mais igualitária e
mais humana, onde cada ser humano tenha o seu espaço livre de dogmas e preconceitos e que suas atitudes sejam sempre de procurar
o perdão, a paz e o amor. Joaquim
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toda vez que eu viajava pela estrada de ouro fino de longe eu avistava a figura de um menino quando eu vim para esse mundo eu não atinava em nada hoje eu sou gabriela gabriela eh!... meu camarada dança eu dança você na dança da solidão e quando chega a morte ou coisa parecida nos carrega moço sem ter visto a vida oh! meu amigo meu herói a força do universo não te iluminará cigarro bebida maconha cocaina lsd a força do universo não te iluminará meu bem querer meu encanto to sofrendo tanto amor o que é o sofrer o prazer do tempo que nunca envelhece não sou eu quem me navega quem me navega é o mar canta passarinho preso por saber cantar canta passarinho para sair desse lugar eu te asseguro pássaro amarelo que um dia hei de te soltar pra provar que pau não é ferro o brasileiro é do suingue o brasileiro é do baile eu digo deixa solta essa bundinha deixa solto esse quadril e grita a cor dessa cidade sou eu e deixa solta essa bundinha deixa solto esse quadril e grita brasil é o pais do suingue eu quero ir minha gente eu não sou daqui eu não tenho nada nada quero ver irene rir quero ver irene dar sua risada não chore ainda não que eu tenho um violão e nos vamos cantar todo dia a insônia me convence que o céu faz tudo ficar infinito brasil qual é o teu negócio o nome do seu sócio confia em mim estamos meu bem por um triz pro dia nascer feliz eu quero a sorte de um amor tranquilo com sabor de fruta mordida e ser artista no nosso convívio pelo inferno e céu de todo dia transformar o tédio em melodia o suor fecunda o solo e a semente não pergunta brasileiro ou imigrante só o fruto é importante eu quero carneiros e cabras pastando solene
no meu jardim eu quero a esperança
de óculos e um filho de cuca
legal e se por um acaso
ele se envolver com drogas deixarei o seguinte
bilhete querido filho você não precisa
disto de qualquer maneira gostaria de saber como está sendo
sua experiência quando você achar
que é o momento me procure para
a gente conversar amo muito você ah! eu amo amar
você e quando o verde
dos teus olhos se espalhar nas
plantações eu te asseguro não
chore não viu eu voltarei viu
meu coração eu me ofereço inteiro e você se satisfaz
com metade é a meta de uma seta no alvo mas o alvo na certa
não te espera então me diz qual
é a graça de saber o fim da
estrada quando se parte
rumo ao nada é melhor ser alegre
que ser triste a alegria é a melhor
coisa que existe tristeza não tem
fim felicidade sim esta cova em que
estais com palmos medida é a conta menor
que tiraste em vida ah! coração que
me diz tenta entender que
estou com saudades não vem com raiva
que eu te esmago onde houver trevas que eu leve a luz onde houver desespero que eu leve o amor olhe o paraíso das
flores que perdeu o amor olhe o paraíso da
vida que ainda é calor quantos correm de
um lado pro outro sem se conhecerem quantos se dizem
amados para ficarem calados omitindo o que se
pode fazer e dizer amou daquela vez
com se fosse a última beijou sua mulher
como se fosse a única e atravessou a rua
com seu passo bêbado quem me levará sou
eu quem me suportará
não sei alguma coisa me
diz que o canto de ossanha explicará talvez a minha angústia o homem que diz
dou não dá porque quem dá mesmo
não diz o homem que diz sou não é porque quem é mesmo
é não sou e os anos que passam? os anos são degraus a vida a escada
longa ou curta só deus pode medi-la e a porta? a grande porta desejada só deus pode fecha-la pode abri-la são vários os degraus alguns sombrios
outros ao sol na plena luz dos
astros com asas de anjos
harpas celestiais alguns quilhas e
mastros nas mãos dos vendavais mas tudo são degraus
tudo é fugir a humana
condição degrau após degrau tudo é lenta ascensão senhor como é possível a descrença imaginar sequer que ao fim da estrada se encontre após esta ansiedade imensa uma porta fechada e nada mais? feito essa gente que anda por aí brincando com a vida cuidado companheiro! a vida é pra valer e não se engane não tem uma só duas mesmo ninguém vai dizer que tem sem provar muito bem provado com certidão passada em cartório do céu e assinado em baixo deus e com firma reconhecida eu perco o chão eu não acho as palavras eu ando tão triste eu ando pela sala eu perco a hora eu chego no fim eu deixo a porta aberta eu não moro mais em mim eu perco as chaves de casa eu perco o freio estou em milhares de cacos eu estou ao meio onde será que você está agora? diga quem você é me diga me fale sobre a sua estrada me conte sobre a sua vida tira a máscara que cobre o seu rosto se mostre e eu descubro se eu gosto do seu verdadeiro jeito de ser ninguém merece ser só mais um bonitinho nem transparecer... consciente ou inconsequente sem se preocupar em ser adulto ou criança o importante é ser você mesmo que seja estranho seja você mesmo que seja bizarro bizarro bizarro meu cabelo não é igual a sua roupa não é igual ao meu tamanho não é igual ao seu caráter não é igual não é igual quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra vai barracão pendurado no morro vem pedindo socorro e a cidade ao seus pés barracão de zinco tradição do meu país barracão de zinco pobretão infeliz vai barracão tua voz eu escuto não te esqueço um segundo porque que sei quem tu
és barracão de zinco tradição do meu país barracão de zinco família pobre dignidade tem de sobra apesar de analfabetos esse assunto não os incomoda a mãe cuida da casa se empenha o mais que pode só problemas dificuldades a cabeça quase explode assim sempre vive como manda o figurino aqui meu irmão é cada um por si mesmo se sei não sei se sei digo não vi dez horas da manhã a campainha tocou o oficial de justiça logo ele avisou eu tenho aqui uma intimação o senhor saia daqui mas antes eu vou confiscar o que tiver aqui eu quero essa tv eu quero o som e isso aqui e o que mais você tiver aqui eu confisco! eu confisco deus nos integrou no universo com tudo de todos o homem ser racional mais irracional estragou o tudo conseguindo o nada dele ouve-se barulhos inconsequentes fuzis que ecoam sons estridentes jaulas humanas universos e mundos presos nas garras do poder poder do homem que ao invés de criar a liberdade criou uma porta sempre fechada para ele mesmo abriu buracos escuros e armadilhas de espinhos fez do nosso planeta um amontoado de seres empilhados um por cima do outro civilização formada por uma sociedade clandestina já não se enxerga nem mesmo o céu que sumiu nos horizontes do progresso progresso tecnológico puro pois humano estamos por esperar pelo o que me parece os seres que fizeram do seu mundo uma jaula estão tão perdidos que já há muitos que procuram uma resposta onde tudo era de todos na virada do século alvorada voraz nos aguardam exércitos que nos guardam da paz que paz! a face do mal um grito de horror um fato normal um êxtase de dor e medo de tudo medo do nada medo da vida assim engatilhada fardas e forças forjam as armações farsas e jogos armas de fogo um corte exposto em seu rosto amor e eu vendo esse filme passar assistindo ao fim vendo o tempo passar tantos caminhos perdidos tantas estórias tantos pensamentos confusos tantos gritos tanta força tanta raça tanta poeira tantas luzes apagadas tanto chão a queimar fala eu fala alguém falemos nos seres que vivem dentro dessa terra universo da nossa humanidade vamos!que o amor ainda escorre nos corpos dessa gente sinais de vida num país vizinho eu já não ando mais sozinho toca o telefone chega um telegrama enfim ouvimos qualquer coisa de brasília rumores falam em guerrilha foto no jornal cadeia nacional um dia frio um bom lugar pra ler um livro e o pensamento lá em você eu sem você não vivo assim que o dia amanheceu lá no mar alto da paixão dava pra ver o tempo ruir cadê você? que solidão! esquecera de mim no raiar do dia nasce um sol novo e diferente e afinal não existe ano nem um tempo marcado todo dia é um dia desigual como todos dias amanhecem amanhecendo em nós uma felicidade todo dia reveillon todo dia é reveillon todo samba canta sonha alto e permanece num sonho sonhado vivido em cada sol ou em cada dia de amor pai e mãe ouro de mina coração desejo e sina tudo mais pura rotina jazz... quando o grito do prazer açoitar o ar reveillon o luar estrela do mar o sol e o dom quiçá um dia a fúria o que há de bom luz do sol que a folha traga e traduz em verde novo em folha em graça em vida em força em luz céu azul que venha até onde os pés tocam na terra e a terra inspira e exala seus azuis reza reza o rio córrego pro rio rio pro mar reza correnteza roça a beira e doura areia ah!... uraicus ah!...uapixanas você diz que me dá casa e comida boa vida e dinheiro pra gastar o que é que a minha gente o que é que a tanta bondade que me faz desconfiar laranja madura na beira da estrada tá bichada zé ou tem marimbondo no pé acho que surgimos sobre uma carcaça quando queremos sorrir perdemos toda a graça amarelos pretos ou brancos somos todos iguais vestígios de holocausto o futuro nos traz pra esquecer que sofremos bebemos cachaça por dinheiro muitos deles esquecem da massa porque a fronteiras e linguas desiguais pois todos nós queremos é ser conjugais se querem liberdade punem fumaça sinceramente o globo sera bola devassa no intervalo da vida só enxergo o sofrer não sei por que todos querem nos deter gente gente gente eles são cocorio gente gente gente eles querem cocoré quero um lago limpo de agua potável quero a floresta em lugar da cidade quero uma nuvem branca sem pó nem fumaça quero uma estrela de ar respirável sinto um toque com as mãos molhadas com um cheiro de suor sinto aquele toque que mata a minha sede e ferve minha paixão sinto um toque que diz que um fruto jogado ao canto também existe sentido sinto um toque que diz que um fruto jogado ao canto também existe amor sinto um toque que arrepia meu ser sinto aquele toque que diz vai! vai viver e grita não sou só só são eles só somos um quando esqueço a hora de dormir de repente chega o amanhecer sinto uma culpa que eu não sei de que pergunto o que é que eu fiz? meu coração não diz eu sinto medo se eu vejo um papel qualquer no chão tremo corro e apanho pra esconder medo de ter sido uma anotação que eu fiz que não se possa ler! eu gosto de escrever mas sinto medo eu sinto medo tinha tanto medo de sair da cama a noite pro banheiro medo de saber que não estava ali sozinho porque sempre eu estava com deus eu tava sempre com deus o gato preto cruzou a estrada passou por debaixo da escada e lá no fundo azul na noite da floresta a lua iluminou a dança a roda a festa vira vira vira vira vira vira homem vira vira vira vira lobisomem bailam corujas e pirilampos entre os sacis e as fadas e la no fundo azul na noite da floresta a lua iluminou a dança a roda a festa diga não a pesca predatória eh! pescador cante a canção do peixe que é só deixa-lo nadar pelas águas desse mar pelos rios que banham essa terra vermelha de sangue carente de amor osama bin laden george w. bush o vento que assopra pelo mar o poeta que se inspirou pelo mar o poeta e o vento o sonho e o tempo inspiraram todo um mar de ilusões de canções libertadas pelo vento sonhadas pelo então e meigo poeta liberto o poeta o discreto profeta que indagou uma palavra o que sou? vento poeta vento poesia pula e dança pula e dança no palco é menina a noite criança bailarina quero te dizer que sou feliz e com você me encontro pra dizer uma palavra honesta carinhosa que diz universo nossa terra brasileira paulista guaratinguetá lavem o sangue lavem a alma lavem a voz desses animais racionais que são pedra sobre pedra meu amor lavem o cheiro lavem os rios lavem os mares desses animais racionais que são pedra sobre pedra meu amor lavem a semente que fica doente depois de crescer desses animais racionais que são pedra sobre pedra meu amor a grande ocorrência que nos conta o sino é que na indigência nasceu um menino mil e novecentos e cinquenta e três anos são peremptos dessa meninez muito tempo faz mas ninguém olvida que é um dia de paz porque fez-se a vida! vem rolando os céus vem rodando no ar vem atraída pela lua vem distraída pelo amor se soltando no escuro dançando íris cor de mel sonhando grandeza deixando na mesa um doce de esmeralda que a vida lhe dá vem pulando infinitos vem bola colorida que tu ainda estais em meu coração vem sonho colorido que tu renasces a cada dia no meu coração com a fumaça no coco com o breu no coco eu nasci com a raiva no coco com a febre no coco eu cresci mas a pedra no coco me jogou envolto as nuvens e eu me vi um bobo de coco mas meu coco calado não fala mais um ditado está doido está gamado e o breu e o coco não se falam não se entendem estão loucos como o dono da noite e da cabeça meus olhos são caminhos
sozinhos meus olhos são caminhos
sombrios meus olhos são de
pedras são de flores são de amor tarde fria e a tristeza irradia nos meus olhos solitários dormentes na noite que vem
vindo vem!...meu sexo
feminino vem!...que a noite
é criança pra nós dois vem!..minha filha
vadia que os seus olhos são puros brotos
de esperança vem!...que a cidade
é pequena pro tamanho do nosso
coração não é grito a medida do abismo? por isso eu grito
sempre que cismo
sobre tua vida tão louca e errada... que grito inútil que imenso nada! não não vai dar não
você vai ver camarada você vai ver a gente não canta
mais um buraco uma pedra um lugar no mato você vai ver camarada um balão que cai um incêndio que
vem um balão que sobe uma festa junina e uma roda de violão mas é claro que
o sol vai voltar amanhã mais uma vez eu
sei escuridão já vi
pior de endoidecer gente
sã espera que o sol
já vem tem gente que está do mesmo lado que
você mas deveria estar
do lado de lá tem gente que machuca
os outros tem gente que não
sabe amar tem gente enganando
a gente aonde ir? tem dias que a gente
fica correndo pelo ar tem dias que a gente
fica voando pelo ar a gente não sabe
aonde vai a gente não sabe
aonde ir tem dias que a gente
fica sem saber o que
fazer tem dias que a gente
fica sem saber como viver correndo pelo ar
voando pelo ar tem dias que a gente
sobe na hora que quer
descer tem dias que a gente
perde na hora que quer
ganhar correndo pelo ar voando pelo ar tem dias que a gente
pede um dia pra morrer tem dias que a gente
pede mais um dia pra
viver a gente não sabe
aonde vai a gente não sabe
aonde ir tem dias que a gente
emudece na hora que quer
cantar tem dias que a gente
chora na hora que quer
sorrir correndo pelo ar voando pelo ar eu prefiro ser essa metamorfose
ambulante do que ter aquela
velha opinião formado
sobre tudo quero dizer agora o oposto do que eu disse
antes se hoje eu sou estrela
amanhã já se apagou se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho
amor lhe tenho amor lhe tenho horror lhe faço amor eu sou um ator eu vou desdizer
aquilo tudo que eu lhe disse
antes tempo quantos anos se
passaram e eu? sou um nada nada vezes nada
nada ao quadrado nada vezes nada vezes nada nada ao cubo nada vezes nada
vezes nada vezes nada nada elevado a quarta
potência o inverso do nada
ou nada elevado
a menos um mas não existe divisão
por zero o que sou então
um elevado a nada
ou seja um joga fora no lixo joga fora no lixo joga joga joga joga fora no lixo joga fora aonde? no lixo prepare o seu coração
pras coisas que
eu vou contar eu venho lá do sertão e posso não te agradar aprendi a dizer
não ver a morte sem
chorar a morte o destino
tudo estava fora de lugar eu vivo pra consertar na boiada já fui
boi mas um dia me montei não por um motivo
meu ou te quem comigo
houvesse que qualquer querer
tivesse porém por necessidade do dono de uma boiada
cujo vaqueiro morreu boiadeiro leva o
boi ouça o canto da
boiada eu também fui boiadeiro já cruzei esta estrada boiadeiro assovia
alto leva o boi para
invernada todos nós somos
do mato mas só vivemos encurralados cante o chão deste
país viva bem muito feliz além dessa cidade tem você humilde
enfim além dessa cidade
tem você cantando
assim eh!...oh!... boiadeiro sei que
é triste quando derrubam
sua liberdade de viver muito feliz
nesse nosso país cante o chão desse
país viva bem muito feliz além dessa cidade
tem você humilde
enfim além dessa cidade
tem você cantando
assim eh!...oh!... tá relampiano cadê
neném? tá vendendo drops
no sinal pra alguém tá vendendo drops no sinal ninguém todo dia é dia toda hora é hora neném não demora pra se levantar mãe lavando roupa pai já foi embora e o caçula chora mas há de se acostumar com a vida lá de
fora do barraco hay que endurecer um coração tão fraco pra vencer o medo
de trovão sua vida aponta
a contramão tudo é tão normal todo tal e qual neném não tem hora pra ir se deitar mãe passando roupa do pai de agora de um outro caçula que ainda vai chegar é mais uma boca dentro do barraco mais um quilo de
farinha do mesmo saco para alimentar o
novo joão ninguém a cidade cresce junto com neném pensem nas crianças mudas telepáticas pensem nas meninas cegas inexatas pensem nas mulheres rotas alteradas pensem nas feridas como rosas cálidas mas oh não se esqueçam da rosa da rosa da rosa de hiroshima a rosa hereditária a rosa radioativa estúpida e inválida a rosa com cirrose a anti-rosa atômica sem cor sem perfume sem rosa sem nada nessas noites de não aceitar o que vier de não se esconder dos problemas da
vida de glórias que não tem memórias nessas noites de revolução querendo uma razão pra não sofrer pra não querer morrer tá faltando alguma
coisa nessa vida bate o pé bate o pé e venha dançar com aquela mulher pirou na serra do
senhor papagaio de pedra
e pó apareceu a surpresa
de repente papagaio solene
que dizia que nas serras do
senhor havia pirado um
novo autor das serras e do
esplendor era o papagaio do
amor DENTRO DE UMA IMENSIDÃO DE OLHARES O MUNDO GIRA DE TANTO PENSAR
ESTOU PROCURANDO SOZINHO DIA DE TOTAL
DESENTENDIMENTO AH!GRITO DE ARDOR SE AS PAREDES TEM OUVIDOS Não posso ficar Nem mais um minuto com você Sinto muito amor Mas não pode ser Moro em Jaçanã Seu perder esse trem Que sai agora às onze horas Só amanhã de manhã E além disso mulher Tem outras coisas Minha mãe não dorme Enquanto eu não chegar Sou filho único Tenho a minha casa pra olhar Eu não posso ficar FLOR-DE-LIS
QUE ENCANTAVA Agora
o braço não é mais o braço erguido num grito de gol Agora
o braço é uma linha um traço um rastro espelhado e brilhante E todas
as figuras são assim desenhos de luz agrupamentos de pontos De partículas
um quadro de impulsos um processamento de sinais E assim
dizem recontam a vida Agora
retiram de mim a cobertura de carne e escorrem todo o sangue Afinam
os nossos em fios luminosos E ai estou
pelo salão pelas casas pelas cidades parecida comigo Uma forma
nebulosa feita de luz e sombra Como uma
estrela Agora
eu sou uma estrela Vivendo
e aprendendo a jogar Nem sempre
ganhando Nem sempre
perdendo Mas aprendendo
a jogar Há uma primavera em cada
vida LUGAR DE MEL Todo meu tempo Todo o meu zelo Todo o meu predio já sabe que eu tenho um amor Todo receio Todo remédio Tudo que sempre causava dor e medo Se foi Foi por te ver andando reto Entre tudo que há de incerto em mim E fui andando voltei ao zero Um recomeço é uma forma de se encontrar Por ser tranquilo por ser sincero Não me preocupa O que não for é o que vai passar Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentado ou você se cansa Está provado quem espera nunca alcança Venha meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogo Venha se queimar Faça como eu digo Faça como eu faço Haja duas vezes antes de pensar Corro atras do tempo Vim de não sei onde Devagar é que não se vai longe
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